Dicas e receitas simples por menos de 5 euros, ao sabor das promoções de cada dia nos principais supermercados
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Pãezinhos de salsicha
Para 14 pãezinhos
Tempo de preparação :
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15 min
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Tempo de levedura:
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2-3h
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Tempo de cozedura:
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20mn
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550g farinha
7g fermento
de padeiro, desidratado (2 ½ c.chá)
200ml água
morna
2 c.sopa
açúcar
1 c.chá
sal
2 c.sopa
óleo alimentar de boa qualidade
7 salsichas*
1 c.sopa
margarina
*Prefiro usar salsichas Frankfurt
cozidas, em vácuo. Mas podem ser usadas outras a gosto, mesmo de lata.
Numa tigela pequena, diluir o
fermento e o açúcar na água morna e deixar repousar alguns minutos até que
comece a fazer espuma à superfície.
Entretanto, colocar a farinha, o
sal e 1 c.sopa de óleo na batedeira com as varas de amassar. Juntar a água com
o fermento e misturar em velocidade baixa até incorporar tudo e fazer uma bola.
A massa deve ficar um pouco
pegajosa. Se necessário, vá acrescentando um pouco de água morna, uma colher de
sopa de cada vez, até ao ponto desejado.
Se a sua batedeira for potente,
continue a amassar mais 5mn até obter uma massa homogénea e que despega bem da
taça.
Caso contrário, depois de tudo bem
misturado – também pode usar um robot de cozinha para a fase inicial - despeje
numa tigela grande ou na bancada da cozinha levemente enfarinhada e amasse bem
durante 10mn. Forme uma bola.
Unte o fundo e as paredes da tigela
onde vai levedar com o óleo restante, e passe com a mão em volta da bola de
massa. Coloque-a na tigela. Cubra com um pano limpo e envolva num cobertor ou
pano grosso.
Deixe descansar em local morno,
longe de correntes de ar (no inverno, pode aquecer previamente o forno e lá
colocá-la assim envolvida, com o forno apagado e a porta semi-aberta), cerca de
2-3h ou até dobrar de volume.
Corte as salsichas ao meio e
frite-as na margarina. Aqueça o forno a 175º.
Amasse ligeiramente a massa para
lhe retirar o excesso de ar. Divida-a em 14 pedaços. Abra cada um à mão num
triângulo, sem usar rolo ou trabalhá-lo demasiado. Começando da base, enrole
cada meia salsicha e cole a ponta com um pouco de água ou leite.
Leve ao forno em tabuleiro forrado
a papel vegetal, durante 20mn ou até que tenham tomado um pouco de cor.
Sirva mornos ou guarde em caixa
fechada, depois de frios.
Pudins de chocolate e café
Se tiver
crianças ou quem não possa beber café, pode usar apenas leite - mas a combinação de chocolate, café, canela e o toque de caramelo no final tornam esta sobremesa simples irresistível.
Para 4 Pessoas
Tempo de cozedura :
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10 min
|
Tempo de arrefecimento:
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Mínimo
3h
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400ml leite
meio gordo
75g chocolate
culinária (8 quadradinhos)
100ml café
forte*
2 c.sopa
açúcar
2 c.sopa
amido de milho (maizena)
canela
em pó a gosto
1 c.sopa
manteiga
2 c.sopa
caramelo líquido
*Pode usar um expresso descafeinado. Ou substituir por
1 c. sopa nescafé – nesse caso aumente o leite para 500ml.
Num tachinho, misture o leite, o
amido de milho e a canela. Acrescente o chocolate partido em pedaços e leve ao
lume mexendo sempre até derreter.
Junte o café ou o nescafé sem parar
de mexer até engrossar. Deixe cozer 2mn mexendo sempre e retire do lume. Junte
a manteiga e incorpore bem.
Continue a mexer até amornecer e
deite em formas individuais previamente molhadas e escorridas. Coloque no
frigorífico depois de completamente frio durante pelo menos 3 horas, ou de um
dia para o outro.
Desenforme nos pratos de
serviços e regue cada um com um pouco de caramelo líquido.
Salada morna de frango, grão e poejos
Só costumo comprar frango inteiro, e separar em casa os peitos e as pernas. Este prato é ideal para utilizar as carcaças, as asas e os pescoços depois de limpos de peles e gorduras. A quantidade indicada corresponde a essas partes de 2 frangos, equivalente a cerca de 700g pesados em cru. Os ossos fervidos lentamente com a carne proporcionam um caldo muito saboroso para cozer a massa.
Para 4 Pessoas
Tempo de preparação :
|
15 min
|
Tempo de cozedura :
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30+15
min
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300g frango
cozido desfiado*
ou
700g frango cru, pesado c/ ossos
2 cenouras
médias
1 folha louro
1 caldo de galinha
250g massa
macarrão riscado ou espirais
800g grão
cozido
1 cebola
média
2 pepininhos
em vinagre
2 c.sopa
azeite
1 c.sopa
vinagre de vinho ou sidra
sal, pimenta, q.b.
paprica,
q.b.
poejo fresco (ou hortelã na sua falta)
*Pode usar sobras de frango cozido
ou assado.
Coza o frango cobrindo com
água a que juntou o caldo de galinha e as duas cenouras inteiras, descascadas e
lavadas, e a folha de louro.
Rectifique o sal e deixe ferver em
lume brando pelo menos 30mn, ou até que o líquido tenha reduzido para 1/3.
Pode cozer de véspera e deixar
esfriar. Coe o caldo e reserve. Desosse toda a carne e pique grosseiramente os
pedaços maiores. Pique as cenouras em cubinhos.
Descasque e pique a cebola e
junte-a ao frango e cenoura. Pique miudinho os pepinos em conserva e junte-os
também.
Entretanto, aqueça o caldo
reservado e acrescente água suficiente para cozer a massa (se usar sobras de
frango, ferva a água suficiente com o caldo de galinha e a folha de louro, e
coza nela as cenouras – retire-as antes de juntar a massa). Quando ferver,
verifique o sal e deixe-a cozer.
Escorra o grão e passe-o por água
corrente. Quando a massa estiver quase cozida, junte o grão e ferva mais alguns
minutos. Deverá ter absorvido a maior parte do líquido.
Escorra a massa c/ grão e adicione
na taça onde tinha a mistura de frango. Tempere com o azeite, o vinagre, mais
um pouco de sal se necessário, pimenta e paprica a gosto.
Acrescente por fim os poejos
lavados e enxutos (só as folhinhas) ou hortelã picada. Envolva bem e sirva
morna com uma salada de alface ou agrião.
Uma salada completa, sobremesa e ainda pãezinhos para o lanche!
Pois é, hoje conseguimos a proeza de fazer uma bela salada de frango e pudins caseiros de chocolate de fazer inveja a qualquer sobremesa pronta da zona dos laticínios, para 4 pessoas. E como estávamos muito aquém do orçamento do dia, ainda "inventei" 14 deliciosos pãezinhos de salsicha para o lanche e para colocar na lancheira dos miúdos amanhã. Quando fui fazer as contas, não é que tinha mais uma vez acertado em cheio nos 5 euros, nem mais um cêntimo?
Aqui vão as receitas, e contas feitas no final.
Aqui vão as receitas, e contas feitas no final.
Arroz de lulas c/ salada de cenoura
Para 4 pessoas, fazemos o pleno de vitaminas: além da salada de cenoura fresquinha, o orçamento de 5€ ainda contempla 4 belos kiwis sumarentos. Como cá em casa somos só mãe e filha, basta dividir ao meio estas quantidades (e o custo!)
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Arroz de lulas c/ salada de cenoura
Tempo de preparação :
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25 min
|
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Tempo de cozedura :
|
15 min
|
400g lulas
congeladas
350g arroz
agulha
1 cebola
média
2 tomates
médios
2 dentes
alho
2 c.sopa
azeite
200ml polpa tomate
1 linguiça
pequena
1 folha
louro
sal, pimenta, q.b.
salsa fresca picada p/ polvilhar
4 cenouras
médias
Lave as lulas congeladas e corte-as
em rodelas, mesmo sem acabar de descongelar.
Descasque e pique a cebola e o
alho. Pele o tomate e corte-o em cubos. Tire a pele à linguiça e corte-a em
cubinhos.
Salteie a linguiça na própria
gordura e reserve. No mesmo tacho acrescente o azeite e aloure a cebola, o alho
e o louro.
Adicione as lulas e salteie,
mexendo para que alourem. Acrescente o tomate picado e a polpa, e deixe apurar
alguns minutos.
Meça o volume do arroz. Junte-o às
lulas e envolva bem para tomar gosto. Tempere de sal e pimenta (pode adicionar
um pouco de malagueta se gostar de picante).
Quando tiver embebido bem o líquido,
junte 2 vezes e meia o volume do arroz em água. Ao levantar fervura rectifique
o tempero. Deixe cozer o arroz, e apague sem deixar absorver todo o líquido. Junte a linguiça frita reservada e tape
alguns minutos antes de servir.
Coloque na travessa e polvilhe com
salsa fresca picada.
Sirva acompanhado de cenoura
ralada fina (ou salada de alface).
Uma receita por dia
Tanto quanto me seja possível, vou partilhar cada dia uma receita saborosa, simples e rápida. Das que fazemos cá em casa gerindo rigorosamente o orçamento de alimentação, aproveitando sempre que possível boas promoções e descontos - como as que a Janine tem vindo a recolher e divulgar no Poupadinhos e com vales, cujo fantástico trabalho me deu o empurrão para a Ppod.
Com uma promessa: cada snack, prato, bolo ou sobremesa dará sempre para o maior número possível de pessoas, sem nunca ultrapassar os 5 euros.
Tudo explicadinho, contas feitas e indicações sobre datas e supermercados onde os produtos foram comprados.
À espera dos vossos contributos, e da muita paciência para verem a Ervilha "encher" à medida que vou aprendendo a fazer um bloguinho.
Até amanhã.
Com uma promessa: cada snack, prato, bolo ou sobremesa dará sempre para o maior número possível de pessoas, sem nunca ultrapassar os 5 euros.
Tudo explicadinho, contas feitas e indicações sobre datas e supermercados onde os produtos foram comprados.
À espera dos vossos contributos, e da muita paciência para verem a Ervilha "encher" à medida que vou aprendendo a fazer um bloguinho.
Até amanhã.
Ervilhas, princesas, e o que trago à mesa
Hoje, quase Verão em Portugal, o tempo anda tão incerto quanto o futuro de muitas famílias.
Depois de levados durante anos a desprezar a poupança e a gestão comedida, inebriados pela girândola de cartões dourados e créditos fáceis que pareciam não ter fim, redescobri ao regressar há meses um país acabrunhado, angustiado, pronto a desertar para paragens menos sombrias.
Por já cá andar há algum tempo, vi alternar ciclos de grande desafogo e vida muito mais contida. Depois das causas abraçadas na adolescência, o trabalho pelo mundo demonstrou-me que os pequenos gestos são a minha medida de contributo.
E no meio da aflição de muitos que vejo à minha volta, algumas luzinhas de esperança se acendem por quem se bate jogando mão de criatividade e imaginação para aproveitar da melhor forma possível as oportunidades do dia a dia.
Não, não se trata da pechincha que a amiga mais desembaraçada comprou nos saldos privados daquela marca famosa, e de que se gaba na página do Facebook.
Nem do excelente negócio das férias tropicais compradas à última hora.
Trata-se de um movimento crescente de partilha das pequenas soluções que cada um vai arquitectando para fazer face às dificuldades do quotidiano, e todos os dias surgem novos blogs onde se publicam dicas, truques, receitas imaginativas para "esticar" o rendimento.
Gente anónima - até há pouco habituada a, sem pensar duas vezes, gastar num par de sapatos o orçamento de um mês de supermercado - pesquisa e divide informações sobre promoções, descontos, compara preços, e do dia para a noite se torna herói/heroína da blogosfera, com milhares de acessos, likes, comentários e seguidores fiéis.
De súbito, descubro uma vitalidade, uma alegria na forma como generosamente cada um comunica, sem complexos, os seus "achados" quotidianos. Que me deu vontade de acrescentar um bago de ervilha a esta vagem que se quer gordinha, através de uma das coisas de que mais gosto: cozinhar.
Hoje nasce a Ppod.
P de Poupada, Peadpod de Vagem de ervilha em que juntos fazemos mais.
Homenagem à "ervilhinha" que a minha filha era no meu ventre, hoje a desabrochar em flor aromática e cheia de cor como as ervilhas-de-cheiro do quintal dos meus pais.
Homenagem a quem me contou histórias antigas de bagos de ervilha e princesas - de delicada pele que, por mais que sejam os colchões empilhados, não fica insensível ao pequenino alto criado pela modesta ervilha.
Não há colchões que nos tornem insensíveis ao sofrimento, às dificuldades de quem nos rodeia. E a esta mesa, cada um é chamado a trazer o que tem.
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